Passamos boa parte da nossa vida em busca de um grande amor, e colocamos um expectativa enorme nessa relação porque parece que quando a gente encontrar esse tal grande amor todos os nossos problemas serão resolvidos como num passe de mágicas. Mas será que podemos responsabilizar nosso companheiro (a) pela nossa felicidade? será que não é um peso muito grande pra depositar em outra pessoa?
Pois é, responsabilizar nosso companheiro (a) pela nossa felicidade é um equívoco muito comum nas relações, porque está presente no nosso imaginário coletivo e ainda se fala isso nos votos de casamento o que torna ainda mais pesado.
Então vamos entender melhor como acontece! O parceiro em si não trás felicidade, isso não significa que ele não possa te dar felicidade e esse é um detalhe muito importante. Imagina que alguém te dá um presente, assim como a felicidade, o que você vai fazer com o presente o outro não tem responsabilidade nem controle, pode ser que você jogue no lixo, guarde na gaveta, ou abra e usufrua dele, correto? É bom lembrar que a verdadeira felicidade é a conexão com o pulsar da vida, é um estado. Podemos experimentar sim felicidade dentro de uma relação afetiva, mas não responsabilizar o outro por ela. Nessas horas é sempre importante lembrar que não somos mais crianças, e como bons adultos somos totalmente responsáveis pelas nossas vidas, inclusive por continuar escolhendo ou não estar na relação que estamos.
Muitos relacionamentos acabam fracassando quando passa aquela fase da paixão e seus membros são incapazes de tomar e aceitar na totalidade o outro, incluindo a habitual incapacidade de nos prover felicidade e atender a todas as nossas expectativas. É bom lembrar que não tem algo que nos faça mais felizes do que ser realmente amados do jeito que somos, assim como não tem presente melhor pra dar pro nosso companheiro (a) que amá-lo (a) em sua realidade, do jeitinho que ele é. Nesse sentido, podemos dizer que o amor a dois é um desafio progressivo de amor ao real do outro e também daquilo que o relacionamento torna possível ou nos nega pelo menos enquanto continuamos escolhendo-o.